Todos os papalagui têm uma profissão. Coisa que qualquer pessoa devia ter vontade de fazer, mas que raramente tem. Ter uma profissão significa fazer sempre a mesma coisa, acabar por fazer sem esforço, de olhos fechados.
Há profissões para homens e para mulheres.
A mulher abandona a sua profissão quando se casa, já o homem nessa altura é que se consagra a ela. Qualquer Alii só dará a sua filha em casamento a um pretendente que exerça já uma profissão.
Todos os rapazes brancos, antes das tatuagens da puberdade, são obrigados a decidir o trabalho que irão fazer para o resto da vida. Chama-se a isto escolher uma profissão.
Se um Alii escolher para sua profissão tecer esteira, é levado por um velho Alii a um tecelão de esteiras. Este mostra então ao rapaz como se faz como se tece. Quando este finalmente consegue, abandona o mestre e diz-se então “ter uma profissão”.
Qualquer Papalagui correrá o risco de perder a honra se disser “não posso fazer este trabalho, pois não sinto qualquer satisfação com isto!” Mudar a profissão é contrário a moral.
Cada Papalagui faz de cada acto uma profissão, desde que faça qualquer coisa quer com a mão quer com a cabeça, transforma tudo o que bem é capaz de fazer numa profissão. A maior parte destes homens sabe fazer o que constitui a sua profissão; o chefe de tribo mais importante não sabe prender a sua rede a uma trave, nem lavar a malga apesar da sua grande sabedoria, do seu espírito e da força do seu braço.
Os Papalagui têm direito de exercer apenas a sua profissão.
Há menos palmeiras nas ilhas do que os europeus de cor cinza e isto porque o seu trabalho não lhes causa qualquer prazer, devora toda a sua alegria e nem lhes da um fruto ou uma folha. É por isso que os indivíduos de diferentes profissões se odeiam ferozmente uns aos outros; estabelecem uma diferença entre profissões nobres, profissões baixas se bem que todas as profissões não passam de actividades parciais.
Um ser humano saudável sente-se realmente feliz quando todas as partes do seu corpo vivem em harmonia com os seus sentidos, e não quando apenas uma parte do seu corpo esta a funcionar.
O Papalagui vive desvairado por causa da profissão que tem. É claro que não o quer reconhecer. É sempre com alegria e nunca com acabrunho que qualquer habitante destas inúmeras ilhas, qualquer irmão nosso digno desse nome, faz o seu trabalho. É isso que nos diferencia dos brancos. O grande espírito não quer, de certeza, que nos tornemos cor de cinza por causa da profissão, que nos arrastemos como uma tartaruga ou rastejemos como um molusco do fundo do lago. Quer ver-nos isso sim, firmes e altaneiros em tudo quando fizermos, sem nunca perder a alegria do olhar e a agilidade dos membros.
Há profissões para homens e para mulheres.
A mulher abandona a sua profissão quando se casa, já o homem nessa altura é que se consagra a ela. Qualquer Alii só dará a sua filha em casamento a um pretendente que exerça já uma profissão.
Todos os rapazes brancos, antes das tatuagens da puberdade, são obrigados a decidir o trabalho que irão fazer para o resto da vida. Chama-se a isto escolher uma profissão.
Se um Alii escolher para sua profissão tecer esteira, é levado por um velho Alii a um tecelão de esteiras. Este mostra então ao rapaz como se faz como se tece. Quando este finalmente consegue, abandona o mestre e diz-se então “ter uma profissão”.
Qualquer Papalagui correrá o risco de perder a honra se disser “não posso fazer este trabalho, pois não sinto qualquer satisfação com isto!” Mudar a profissão é contrário a moral.
Cada Papalagui faz de cada acto uma profissão, desde que faça qualquer coisa quer com a mão quer com a cabeça, transforma tudo o que bem é capaz de fazer numa profissão. A maior parte destes homens sabe fazer o que constitui a sua profissão; o chefe de tribo mais importante não sabe prender a sua rede a uma trave, nem lavar a malga apesar da sua grande sabedoria, do seu espírito e da força do seu braço.
Os Papalagui têm direito de exercer apenas a sua profissão.
Há menos palmeiras nas ilhas do que os europeus de cor cinza e isto porque o seu trabalho não lhes causa qualquer prazer, devora toda a sua alegria e nem lhes da um fruto ou uma folha. É por isso que os indivíduos de diferentes profissões se odeiam ferozmente uns aos outros; estabelecem uma diferença entre profissões nobres, profissões baixas se bem que todas as profissões não passam de actividades parciais.
Um ser humano saudável sente-se realmente feliz quando todas as partes do seu corpo vivem em harmonia com os seus sentidos, e não quando apenas uma parte do seu corpo esta a funcionar.
O Papalagui vive desvairado por causa da profissão que tem. É claro que não o quer reconhecer. É sempre com alegria e nunca com acabrunho que qualquer habitante destas inúmeras ilhas, qualquer irmão nosso digno desse nome, faz o seu trabalho. É isso que nos diferencia dos brancos. O grande espírito não quer, de certeza, que nos tornemos cor de cinza por causa da profissão, que nos arrastemos como uma tartaruga ou rastejemos como um molusco do fundo do lago. Quer ver-nos isso sim, firmes e altaneiros em tudo quando fizermos, sem nunca perder a alegria do olhar e a agilidade dos membros.
Taís
Um comentário:
Em pequenos, os pais perguntam ao filhos o que querem ser. Quando acabamos ao nono ano somos "obrigados" a escolher um caminho, temos que saber mais ou menos o que queremos ser no futuro que é para começarmos desde novos a "treinar" para isso.
Isto não nos dá liberdade de experimentar outras profissões, outras habilidades que possamos ter. Se cada um de nós experimentasse um "trabalho" diferente, o Homem seria muito mais feliz e já nao se tornava cor de cinza.
Agagá
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